A nova safra de cana-de-açúcar em Alagoas começou com uma expectativa de processamento de 21 milhões de toneladas. As usinas Pindorama e Santo Antônio iniciaram as operações na última segunda-feira, 26 de agosto. Um levantamento do Sindaçúcar-AL revela que as demais usinas começarão a moagem em setembro, apontando para um crescimento superior a 8% em comparação à safra passada, que processou pouco mais de 19,3 milhões de toneladas.
O setor projeta uma produção de 1,7 milhão de toneladas de açúcar, dos quais quase 1,3 milhão serão do tipo VHP e mais de 477 mil toneladas de cristal. A produção de etanol deve alcançar cerca de 470 milhões de litros, fabricados por 12 das 15 usinas em operação, representando um crescimento de 3,7% em relação ao ciclo anterior.
O presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, destacou a recuperação do setor desde a safra 16/17, quando a moagem caiu drasticamente. Ele atribui a recuperação ao clima favorável e à gestão eficiente dos empresários do setor, que renovaram os canaviais e impulsionaram a produção.
“Viemos de um processo de recuperação da safra 16/17, quando saímos de uma moagem de 23 milhões de toneladas de cana para 13,7 milhões. Foi um evento avassalador que perdurou por três anos. A partir daí, houve um processo de recuperação muito intenso, que ocorreu lentamente. Há dois anos, chegamos a pouco mais de 20 milhões de toneladas e, na safra passada, que terminou em março, beneficiamos mais de 19 milhões de toneladas. Agora, com um clima bem regular para a cana, esperamos chegar próximos a 21 milhões de toneladas de cana processadas”, afirma Pedro Robério Nogueira.
Na Cooperativa Pindorama, a safra foi inaugurada com uma celebração religiosa, onde o presidente Klécio Santos enfatizou o crescimento da usina, que agora ocupa o quinto lugar em moagem e o terceiro em faturamento. A cooperativa espera um aumento de 5% na quantidade de cana processada, com 80% da produção destinada ao açúcar.
“Iniciamos uma nova safra devido ao empenho de todos os nossos colaboradores e associados que acreditam na Cooperativa. Somos uma usina que saímos da lanterna e agora somos a quinta unidade em tamanho de moagem e a terceira em faturamento”, destacou Santos.
A expectativa da Pindorama é de crescimento de 5% no processamento de cana em comparação com a moagem anterior. A safra deverá ser mais açucareira na cooperativa. “Neste novo ciclo, 80% da cana será destinada à produção de açúcar. Mas, apesar disso, o volume de etanol não será reduzido, sendo ampliada a produção do biocombustível a partir do grão (milho e sorgo) em relação à safra passada. Devemos chegar um volume de etanol de cana e de grão a 70 milhões de litros”, aponta Klécio Santos.
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