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O PT avalia que o PL está isolado na Câmara após tentar obstruir a votação do Projeto de Lei da Reciprocidade, e quer aproveitar o momento para ampliar alianças com o Centrão. Lideranças petistas voltaram a defender Arthur Lira (PP-AL) como possível ministro da Agricultura.
O PL tentou barrar votações como forma de pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de, 8, de janeiro. A estratégia tem sido mantida por duas semanas seguidas. Segundo lideranças, a obstrução não deve prosperar e tende a seguir isolada. O PT avalia que esse é o momento para se aproximar da “bancada do boi” e fortalecer a base aliada com integrantes do Centrão.
O PL da Reciprocidade contou com apoio do agronegócio e do governo, ao prever medidas contra barreiras comerciais e favorecer o Brasil em negociações internacionais. O texto também é visto como resposta ao “protecionismo verde” da Europa.
Petistas defendem que Lira seja nomeado ministro da Agricultura para ampliar a relação com o setor. O atual ministro, Carlos Fávaro (PSD), tem sido alvo de críticas de parlamentares ligados ao agro.
Lira é ex-presidente da Câmara e mantém influência no Centrão. A leitura no PT é que sua indicação ao cargo ajudaria a reduzir desgastes com a bancada ruralista e garantiria apoio mais firme no Congresso.
Caciques do agro têm tratado diretamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante a suspensão de linhas de crédito do Plano Safra, o grupo negociou com a equipe econômica devido ao atraso na aprovação do Orçamento de 2025.
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