Arapiraca

Fatos históricos e inéditos de Arapiraca são resgatados em livro do jornalista João Rocha

Outros fatos interessantes e inéditos que foram veiculados na publicação do livro fala dos momentos tumultuados da política em Arapiraca nos anos 50 e 60 e relatos de um carnaval violento em Arapiraca em 1947 e da presença de Lampião em Arapiraca. Vale a pena ler.

18/11/2024 11h00
Por: Redação
Fonte: Roberto Gonçalves

Com a experiência de mais de trinta anos militando no jornalismo investigativo nas sucursais dos jornais Gazeta de Alagoas e Jornal de Alagoas de Arapiraca, o jornalista João Rocha lançou o seu livro, Assim nascem os fortes – Cem anos de Arapiraca e os impactos da nova economia.

O livro com excelente e moderna feição gráfica, foi lançado pela Editora Performance mostrando em suas 351 páginas verdadeiros fatos históricos desde a fundação de Arapiraca ainda não revelados pelos historiadores em um minucioso e detalhado trabalho de pesquisas.

Em uma linguagem bem acessível e didática, vocacionado pelas letras, formado em Estudos Sociais pela Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca, conta no livro, detalhes da sua jornada profissional e de fatos curiosos registrados na cidade mais importante do interior de Alagoas no ano do seu primeiro centenário de emancipação política.

A heroína arapiraquense morta na 2ª guerra mundial na Itália

Uma das narrativas mais comoventes contadas no livro, é a história da heroína arapiraquense Maria Elizabeth de Oliveira, na época com 30 anos, graduada em enfermagem que foi convocada para prestar seus serviços profissionais em 1943, no período da 2ª Guerra Mundial nos campos da Itália.

A brava arapiraquense, deixou sua mãe em Arapiraca em total desespero, conta o jornalista, que a mulher chorava como uma louca, implorando por todos os santos para a filha não viajar. “Filha querida não nos abandone, não vá para a maldita dessa guerra.”

A filha irredutível contradizia; “Mamãe não chore, é o destino que quer que eu vá, tem muita gente morrendo, eu me formei para isso, salvar vidas”. Elizabeth viajou para a Itália no primeiro dia de 1944, embarcou com um grupo de voluntários da Cruz Vermelha Brasileira. Na Itália, salvou muitas vidas de brasileiros e estrangeiros aliados.

No fervor dos combates, um gripo de médicos e enfermeiros americanos e franceses socorriam soldados feridos e nesse momento, um avião de combate alemão soltou uma bomba sobre o grupo e matou os médicos e enfermeiros, os corpos dos médicos, enfermeiros e da heroína arapiraquense Elizabeth ficaram mutilados.

 A família de Elizabeth recebeu a notícia da sua morte oito dias depois. Os corpos foram sepultados no cemitério de Pistoia na Itália. Elizabeth deixou uma carta de despedida para a família. Afirmando que sua missão foi concedida por Deus.

 Outros fatos interessantes e inéditos que foram veiculados na publicação do livro fala dos momentos tumultuados da política em Arapiraca nos anos 50 e 60 e relatos de um carnaval violento em Arapiraca em 1947 e da presença de Lampião em Arapiraca. Vale a pena ler.

 

 

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